ADAPTAÇÃO CURRICULAR: A VIOLÊNCIA SIMBÓLICA NAS ATIVIDADES DESTINADAS À EDUCAÇÃO INCLUSIVA, NA PERSPECTIVA BOURDIANA
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.11661318Resumo
Este artigo aborda a persistência da violência simbólica no contexto educacional, fundamentando-se na teoria bourdiana e explorando as práticas docentes relacionadas à adaptação curricular para estudantes com deficiência intelectual. A pesquisa adota uma abordagem bibliográfica qualitativa, analisando o pensamento de Pierre Bourdieu e de outros autores, além de documentos legais, como a Lei de Diretrizes e Bases n.º 9.394/1996 e diretrizes para a Educação Especial. Os resultados revelam avanços nas políticas de inclusão, mas destacam desafios na formação docente e na adaptação curricular. A análise da literatura evidencia manifestações de violência simbólica, como a atribuição exclusiva de responsabilidades ao profissional de apoio à inclusão e práticas curriculares inflexíveis. A negação dessas realidades perpetua o fenômeno. Diante disso, ressalta-se a necessidade de intervenções sensíveis
para promover uma cultura escolar inclusiva, reconhecendo a diversidade e as singularidades dos estudantes. A flexibilização curricular, a atenção às diferenças e a formação continuada emergem como elementos transformadores, destacando a importância do diálogo e da cooperação entre os diversos agentes educacionais. O artigo aponta para a urgência de promover mudanças na prática educativa e na estrutura das escolas, reconhecendo a autonomia docente como peça fundamental na construção de uma educação mais equitativa e inclusiva.
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