A ARTICULAÇÃO DA MATRIZ CURRICULAR NA INTERFACE DA FORMAÇÃO (DE)COLONIAL DE PROFESSORES DO CAMPO EM CIÊNCIAS DA NATUREZA NO ESTADO DE GOIÁS
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.10201134Palavras-chave:
Educação do campo, Formação de professores, Decolonialidade, Matriz curricularResumo
Apresentamos uma pesquisa, que se objetiva analisar a articulação da Matriz Curricular das Licenciaturas em Educação do Campo com habilitação em Ciências da Natureza (LEdoCs) do Estado de Goiás na promoção positiva da Formação Docente Decolonial, baseada na proposta de Walsh (2009), nas concepções de Freire (1979, 2005), Mignolo (2008), Quijano (1992, 2005) dentre outros autores. Metodologicamente de abordagem qualitativa (Bogdan; Biklen 1994), sistematiza um levantamento bibliográfico, cujos dados foram construídos mediante a análise documental, através dos Projetos Político Pedagógicos e de entrevistas semiestruturadas dos docentes e coordenadoras de duas LEdoCs no Estado de Goiás (UFG Regional Goiás e UFCAT). Estamos cientes que o currículo engloba diferentes perspectivas formativas que imbricam relações de poder e de saber. Para tanto, discutimos brevemente a relação entre colonialidade e decolonialidade, Educação do Campo, Matriz Curricular e formação docente. Os resultados obtidos mostraram que as duas LEdoCs analisadas utilizam a Matriz Curricular para promover o fortalecimento de uma formação inicial decolonial de professores/as do campo e que o trabalho pedagógico nessa perspectiva visa uma abertura ao diálogo não apenas entre conteúdos de formação por áreas do conhecimento (interdisciplinaridade), mas uma ação pedagógica que possibilite uma práxis voltada para a integração de saberes, para além das disciplinas e da hierarquização do saber. Uma prática pedagógica que estimula a construir, suscitar outros questionamentos críticos e transformar os licenciandos em indivíduos livres, justos, autônomos, conscientes e críticos, capazes de produzir o seu próprio conhecimento.
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